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Biografia
Seus gostos e sua curiosidade desenvolveram-se com rapidez: dirigiu-se para as pesquisas psicológicas e para estudos históricos e literários. Após lecionar nas universidades de Kiel eBratislava, ocupou, em 1882, a cádetra de Lotze na Universidade de Berlim. Viveu nesse cidade até sua morte.
Em 1867 Dilthey havia publicado Vida de Schleiermacher e, em 1883, apareceu o primeiro volume de sua Introdução ao estudo das ciências humanas. Nesse obra, o filósofo procurou assegurar uma independência de método às ciências do homem ou ciências do espírito. Essa distinção entre ciências da natureza e ciências do espírito teria enormes repercussões, causando polêmicas e discussões que perduram até hoje no pensamento filosófico.
Filosofia
As ciências do espírito teriam como objeto o homem e o comportamento humano; para Dilthey é possível, diante do mundo humano, adotar uma atitude de "compreensão pelo interior", ao passo que, diante do mundo da natureza, essa via de compreensão estaria completamente fechada. Os meios necessários à compreensão do mundo histórico-social podem ser, dessa maneira, tirados da própria experiência psicológica, e a psicologia, deste ponto de vista, é a primeira e mais elementar das ciências do espírito. A experiência imediata e vivida na qualidade de realidade unitária (Erlebnis) seria o meio a permitir a apreensão da realidade histórica e humana sob suas formas concreta e viva.
Em seus ensaios intitulados Estudos sobre os fundamentos da ciências do espírito e Teoria das concepções do mundo, Dilthey submete a uma análise rigorosa o conceito de Erlebnis. Em A essência da filosofia, obra de (1907), Dilthey chega a afirmar a falência da filosofia comometafísica. A uma filosofia metafísica que pretende colocar-se como imagem compreensiva da realidade e reduzir todos os aspectos da realidade a um único princípio absoluto, Dilthey opõe uma filosofia que, reconhecendo-se histórica e relativa, se propõe a analisar os comportamentos humanos e a esclarecer as estruturas do mundo no qual vive o homem. A filosofia aparece como uma das estruturas que constituem uma civilização e o trabalho do historiador seria precisamente captar as relações que, em uma sociedade, ligam as diferentes manifestações do mundo cultural. É sobre este postulado que se apóiam as principais obras históricas de Dilthey, como A análise do homem, A história da juventude de Hegel e Estudo sobre a história do espírito alemão.
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
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